Industria Simbolica

Pierre Félix Bourdieu (1930 – 2002) foi um importante sociólogo francês, de origem campesina, filósofo de formação, chegou à docente na École de Sociologie du Collège de France. Desenvolveu, ao longo de sua vida, diversos trabalhos abordando a questão da dominação e é um dos autores mais lidos, em todo o mundo, nos campos da Antropologia e Sociologia, cuja contribuição alcança as mais variadas áreas do conhecimento humano, discutindo em sua obra temas como educação, cultura, literatura, arte, mídia, lingüística e política.

De acordo com Pierre Bourdieu, um bem simbólico se configura quando a um objeto artístico ou cultural é atribuído valor mercantil, sendo consagrado pelas leis do mercado ao status de mercadoria. Para esses objetos é formado um grupo consumidor, bem como de produtores de bens simbólicos.

 

Quem usa esses produtos que tem um valor simbólico que está destinado a uma classe, um grupo exclusivo, gera para essa pessoa meio que uma imagem “Cult”, a torna mais descolada. Um exemplo disso é o ipod. O ipod não é o melhor reprodutor de mp3, mas pelo seu capital simbólico é um dos mais usados se não o mais usado.

E também tem a relação da exclusividade. Quanto mais exclusivo, melhor. Se poucas pessoas tiverem aquele produto, “melhor ele é”. O grupo que tem esse produto fica mais restrito. Exemplos disso são carros exclusivos de Ferrari, bolsas modelo único da Louis Vuitton.

A mídia também influencia muito no capital de bens simbólicos. Ela impõe uma linha de produtos à sociedade, dizendo que é “maneiro”, “descolado”, “legal”, e tornam o valor simbólico do mesmo ficar maior. Eu acredito até que as pessoas deixam de ter sua identidade, pelo fato de irem atrás da “moda”. Enfim, isso acaba criando seres humanos se não iguais, mas do mesmo estilo, coisa que não era pra acontecer.

Escrito por: Gabriel Mesquita
Fonte: wikipédia; O poder simbólico (BOURDIEU, Pierre); Aulas de Bruno Nogueira(02/05/2012)